Leia o post original por Vitor Birner
De Vitor Birner
Paulo Nobre tem razão quando faz a política de gestão do futebol para recuperar as finanças do Palmeiras.
Também está correto ao citar que os clubes são desunidos e isso os enfraquece (quase todos).
Mas a citação, em tom forte, sobre a falta de ética na negociação do São Paulo com Alan Kardec não cabe para esta situação.
A Fifa determina que qualquer atleta pode assinar um pré-contrato com o time que não defende quando restar um semestre para o término do vínculo com seu empregador.
Não houve desrespeito ao prazo.
Sei que há leis que facilitam condutas anti-éticas.
Esta determinada pela Fifa não faz isso.
Mas há outro aspecto muito maior que este.
Discordo do presidente porque o raciocínio dele sobre ética despreza a existência do jogador.
Kardec tinha que esperar até o último dia do contrato com o Alviverde para definir os rumos da sua vida profissional?
Proibi-lo de ouvir ofertas de trabalho feitas no prazo legal, após cerca de três meses discutindo a renovação, e sabendo que o atleta está insatisfeito com a proposta do Alviverde, seria ético?
Claro que não.
A resposta de Carlos Miguel Aidar, hoje, também teve falha neste aspecto.
Não cabe ao presidente do São Paulo opinar sobre os problemas do Palmeiras.
E nem avaliar se o gigante do futebol brasileiro está se apequenando.
Soa como afronta, provocação e não esclarecimento.
A guerra verbal dos primeiros mandatários é péssima para ambas as agremiações.
Elas precisam trabalhar unidas pelas mudanças no futebol brasileiro.
O esporte em que as federações são mais fortes que os clubes nunca privilegiará os confrontos dentro de campo.
Sempre vai priorizar o jogo político do poder, inclusive se precisar piorar ou manter estagnado o nosso futebol dentro do país.
Além disso, a batalha tende a aumentar a chance de acontecerem brigas entre quem está disposto a sair na porrada, além de agressões contra os que não gostam disso e uma enxurrada de ofensas em redes sociais.
Lamento vê-los protagonizando tal episódio diante do público.
Parece que estão com raiva um do outro e estão transformando guerras pessoais em conflito entre as instituições.
Opinião de São Marcos sobre a questão