Leia o post original por Vitor Birner
De Vitor Birner
O peso sobre o Real Madrid
Na semifinal, o Real Madrid abriu mão da posse de bola e deu um baile no Bayern de Munique.
Hoje, na decisão, a equipe milionária ficará mais tempo com ela que o seu rival de personalidade forte, sangue quente e bem menos abastado.
Não creio que Simoene cometerá o improvável e pouco inteligente erro de mudar a forma do Atlético atuar.
Se confirmado o óbvio, apenas no caso de algum madridista ser expulso o time inferior na parte técnica terá a iniciativa de atacar.
Talvez nem assim.
Dar o contragolpe aos comandados de Carlo Ancelotti será um suicídio futebolístico.
A proposta de jogo ‘colchonera’ não tem segredos.
A máquina de marcação vai priorizar a parte defensiva, usar muito os lados do ataque e apostar no cruzamentos.
Tentará cavar faltas e conseguir escanteios, pois assim Miranda e Godín, seus zagueiros, podem tentar o cabeceio.
Se Diego Costa realmente não puder entrar em campo, Villa deve substituí-lo.
É o único atleta do elenco que já conquistou o torneio.
A experiência pesa na hora da pressão extrema.
O Atlético de Madri, com seu jeito e alma de quem disputa a Libertadores, apelará para a catimba, entradas duras e tudo mais que puder no intuito de manter a invencibilidade e comemorar a façanha de conquistar a Uefa Champions League.
Muitas lágrimas serão derramadas dentro e fora campo se tropeçar no último passo antes da glória máxima na Europa, mas a temporada, sem dúvida, já entrou para a história como vencedora.
A responsabilidade maior no duelo de logo é do Real Madrid de Cristiano Ronaldo, ganhador da bola de ouro, Bale, protagonista da transferência mais cara do futebol, e de diversos atletas de seleções.
Eles perderam o campeonato nacional.
Só falta permitirem que o capítulo mais importante dos 109 anos de história do dérbi da capital espanhola seja encerrado com a vitória da agremiação acostumada a perdê-lo.
E aí, Ancelotti?
O Real Madrid pode atuar no 4-4-2 ou no 4-3-3.
A necessidade de atacar mais sugere a segunda opção com Cristiano Ronaldo e Bale nos lados do ataque.
O galês terá que voltar e formar a linha quatro no meio de campo.
Os laterais Carvajal e Coentrão precisam de proteção e o Atlético de Madri não pode se aproximar da área para tentar os cruzamentos.
Apostas
Xabi Alonso está suspenso.
Ele, Ronaldo e Casillas são os únicos do elenco que já foram campeões da UCL.
Os merengues perdem experiência e seu melhor volante.
Aposto em Illarramendi no lugar dele.
Khedira e Casemiro são as outras opções.
A ausência do principal marcador no meio é preocupante para o time que vai atacar.
Meu palpite é Real Madrid campeão.
No L!
O texto deste post é a a reprodução da minha coluna de hoje no Lance.
Escrevo sempre aos sábados no jornal.
Apenas hoje abri a exceção e postei, aqui, o texto no mesmo dia.
Costumo fazê-lo durante a semana ou depois.
Ou, de vez em quando, sábado à noite.
Definidos
As escalações acabam de ser definidas.
Ancelotti optou por Khedira no lugar de Xabi Alonso.
O escolhido tem mais experiência que Illarramendi, mas não joga uma partida inteira desde novembro, quando se machucou, e nem primeiro volante.
No Atlético de Madri, Diego Costa e Villa começam entre os titulares.
Arda Turan, que também tem sofrido por causa de uma lesão, fica no banco.
Simoene deve posicionar a equipe no 4-4-2 e um dos atacantes, provavelmente o Villa porque o brasileiro naturalizado espanhol certamente joga no sacrifício, vai recuar quase sempre para ajudar o meio de campo a marcar o favorito ao título.