Leia o post original por Perrone
Pelo que apresentaram nas quartas de final os quatro sobreviventes, só o Brasil, diante da Argentina, chega às semifinais da Copa América com um pequeno favoritismo, na opinião deste blogueiro. Entre Chile e Peru não há favoritos.
A seleção brasileira sofreu mais para eliminar o Paraguai nos pênaltis do que os argentinos, que fizeram 2 a 0 na Venezuela. Porém, nos 90 minutos, o time de Tite mostrou mais capacidade de criação, ajudado, claro, pelo fato de o adversário estar com um a menos durante quase todo o segundo tempo.
Na base de mudanças durante o torneio, Tite fez seu time apresentar pequena evolução. E parece existir margem para crescer mais.
Já a Argentina está estagnada. Nos primeiros minutos contra a Venezuela deu a impressão de que mostraria crescimento. Porém, depois de abrir o placar voltou a ser o mesmo time lento e aparentemente desinteressado dos outros jogos.
A menos que o verdadeiro Messi resolva desembarcar no Mineirão no lugar do craque cansado que temos visto, a Argentina vai depender de sua velha garra. Ela também ainda não se apresentou na competição. Enfrentar seu maior rival ajuda muito para isso acontecer.
Jogar em casa é o fator que completa esse mínimo favoritismo brasileiro.
Do outro lado, a tendência é que Chile e Peru façam um jogo tão equilibrado quanto feio.
O cardápio de jogadas ofensivas das duas seleções é enxuto. Os peruanos insistem angustiantemente em chutões em busca de Guerrero isolado na área.
Por sua vez, os chilenos tocam mais a bola, mas têm pouca criatividade para fazer algo além de cruzá-la na área, o que executam com eficiência.
O cenário descrito acima mostra como é difícil fazer previsões sobre quem serão os finalistas. Está mais duro do que nas quartas. E acertei apenas 50% dos semifinalistas: Brasil e Argentina. Colômbia e Uruguai, meus outros favoritos, ficaram pelo caminho. Ou seja, a chance de queimar a língua agora é muito maior.