Leia o post original por Quartarollo
Adenor Leonardo Bachi, 54, anos de idade, é conhecido pelo apelido de Tite e para alguns também deveria ser o salvador do futebol brasileiro.
A cada derrapada da Seleção de Dunga, Tite é lembrado em todas as esquinas do país.
Ele é o primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto da lista depois vem os outros.
É uma referência elogiosa ao seu trabalho, mas é também uma clara demonstração de como anda o prestigio dos treinadores brasileiros atualmente.
Não que Tite não mereça, muito pelo contrário, é merecedor de elogios pelas suas atitudes dentro e fora do campo.
Hoje eu particularmente o coloco entre os melhores do mundo.
Faz o time jogar a sua moda, tem o elenco do Corinthians nas mãos e melhorar a conduta e o futebol dos seus comandados.
Com ele cresceram no ano passado Renato Augusto, Gil, Malcon e até Vagner Love que se soltou no final da temporada.
Agora apesar dos muitos desfalques, o seu time continua jogando bem e ganhando também.
Tite, no entanto, não vai salvar sozinho a Seleção e muito menos o futebol brasileiro.
Se Dunga cair e Tite aceitar convite para dirigir a Seleção, nada se modificará de uma hora para outra.
Tite gosta de preparar bem seus times, de treinar, de repetir e insistir nas mais variadas jogadas.
É claro que na Seleção ele pode convocar os jogadores que mais podem se adaptar ao que tem na cabeça, mas mesmo assim há dificuldades.
Não há tempo para treinamento. O mais razoável seria usar entrosamentos já existentes em algumas equipes, coisa que todo o técnico de Seleção se nega a fazer para não dar ponto a outro companheiro de profissão.
Além disso, Tite não vai convocar grandes novidades. Pode deixar em casa Luiz Gustavo, Fernandinho e outros tão criticados, mas basicamente o que Dunga vem convocando é que está aí mesmo. A geração é muito fraca e além de Neymar não há nada de tão especial.
A esperança, caso ele assuma, é que Tite melhora a produção de alguns jogadores. Diante disso, um jogador médio pode ficar bom e um bom vira craque.
No Corinthians ele faz jogar Romero, que é ruim de doer, faz jogar Rodriguinho, faz jogar Guilherme Arana, faz jogar Uendel e faz jogar Fagner, entre outros.
Essa é a missão do técnico. Ter um esquema tático forte com variações boas e melhorar o elenco que tem nas mãos. Na Seleção Brasileira isso é quase que impossível.
Sendo assim, a Seleção prejudicaria o futebol brasileiro. O time da CBF não iria melhorar da noite para o dia e o melhor time do país, o Corinthians, ficaria órfão do melhor treinador da sua história. Não seria bom para ninguém.