Leia o post original por Mion

A realidade com ou sem dor
A medicina tem como conceito básico: primeiro eliminar a dor e mal estar do paciente, depois investigar a origem que levam o paciente a apresentar os sintomas. A partir daí trata e busca a cura. Uma simples dor de cabeça permanente pode significar apenas stress, problema estomacal ou doenças mais graves como câncer. Agora o assunto é a contratação de Mano Menezes, apesar de toda a sua eficiência e competência, os problemas do clube estão no elenco. Por isso mesmo ele exige condições de trabalho, não pensa apenas no salário. Sem algumas decisões drásticas não adiantará Mano, milagre não existe. O Fla é um clube viciado e precisa se curar.
A saúde do Flamengo tanto financeira quanto técnica é grave há alguns anos. O clube já realizou diversos tratamentos, até “quimioterapia”. Não recupera a saúde, ao contrário cada vez mais aumenta os sintomas e a doença porque na realidade não extirpa o câncer. As sessões de tratamento amenizam as dores, entretanto logo em seguida voltam os sintomas. Antes de tudo necessita extirpar a origem da doença para depois realizar o tratamento.
Fiz está comparação entre a medicina e o futebol porque percebo a algum tempo que o clube mais popular do país não toma posições mais radicais. Troca de técnicos, conquista patrocínios (que pagam muita grana), entretanto não extirpa a doença que consome silenciosamente a saúde do clube.
Tenho informações de que uma “igrejinha do mal” dentro do clube dita normas e manda nos bastidores. Passa por profissionais de várias áreas, inclusive do elenco. Antes Adriano era o líder, depois Ronaldinho Gaúcho. Por trás gente com interesses de dominar e ostentar poder como donos do clube. Com a saída de Ronaldinho, Vagner Love assumiu a condição de “laranja”, um líder disfarçado, em comum um ídolo intocável da torcida. Também já saiu. Fazem parte deste grupinho, Leo Moura, Renato Abreu, Felipe e mais alguns menos conceituados. Renato Abreu é o novo cabeça. O técnico Jorginho fez uma campanha instável, mas o fator determinante de sua queda foi a briga com Abreu, tanto que após o treinador sair, o Fla passou por cima do Criciúma. um grupo de jogadores não pode mandar no clube, a não ser tragam resultados, o que não é o caso do clube carioca.
Além de influências negativas, procuram deteriorar os meninos formados no clube ou reforços de qualidade e sufocá-los. Luiz Antonio, Negueba, Adrian. Thomás surgiram bem, muito talento e depois sucumbiram. O grupo não deixa ninguém crescer. Não foi por acaso que recentemente Ibson teve problemas com Renato Abreu Estava procurando espaço e assumindo uma liderança dentro de campo. O excelente Bottinelli não conseguiu jogar 10 jogos seguidos e mostrar o talento que o fez um dos principais jogadores da América do Sul há três anos.
A nova diretoria deve saber disso, abriu mão de Love com facilidade, não fez nenhum esforço em segurá-lo. Já foi um começo, porém o “tratamento” tem que ser mais radical e eliminar este grupinho “poderoso”. Caso contrário o Flamengo vai patinar, não adianta trocar de técnico e trazer patrocinadores. O câncer precisa ser extirpado imediatamente e aí sim o Mengão achará o caminho da cura e voltará a honrar a sua tradição.
Para encerrar: Rafinha será a próxima vítima? Tomara que não, tem muito talento e não pode morrer na casca como Negueba ou Luiz Antonio. A nova direção deve ficar ligada, e após eliminar a doença, faça o tratamento necessário. O Mengão estará no caminho da cura e voltará ser forte e cheio de saúde. Se mantiver este poder obscuro, irá sucumbir como a administração passada por ser omissa e inoperante.